domingo, 13 de dezembro de 2015

Análise do livro didático adotado pela escola no ano de 2015.

Fotos: Iara Tudes
  
      A atividade a ser realizada esta semana, na disciplina de Estágio Supervisionado II, foi a análise do livro usados no ano de 2015 pela escola que cada graduando realiza o estágio, para saber se esses livros estavam de acordo com os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais).
    Para isso fui até a escola, como não tinha o livro do professor peguei o livro do estudante. Um exemplar de cada série. O livro usado pela escola é a segunda edição de Conexões com a Matemática.
      De acordo com os PCN, os capítulos são sempre iniciados com alguma história que está voltada ao nosso cotidiano, podendo ser elas questões para serem resolvidas depois ou somente citações que pode acontecer em nosso dia-a-dia e, em sua maioria, são ligados a física, não deixando isenta a ciência da natureza e a ciência humana.
       A linguagem usada no livro, é sempre aquela linguagem matemática muito difícil, que atrapalha a compreensão e o aprendizado dos alunos. 
     Em algumas vezes para que ajude na compreensão dos alunos, junto à linguagem matemática tem uma pequena continuação na linguagem materna.
Ex: Indicamos a razão entre a e b assim: a/b ou a:b que lemos “a está para b”. (Vol.1, pág.10).
       Mas isso nem sempre acontece e o aluno não saberá o que significa aquela expressão matemática, o que o atrapalha de aprender ler e interpretar textos de matemática que é uma das competências e habilidades a serem desenvolvidas, segundo os PCN. Um exemplo disso é a definição de função.
Ex: Considerando dois conjuntos, A e B, não vazios, dizemos que f é uma função de A em B se, e somente se, para cada elemento x de A existe em correspondência um único elemento y de B. (Vol.1, pág.60).
   Os exemplos resolvidos no livro são aqueles que inicia o capítulo como citado anteriormente, o que é bom, porque os alunos conciliam os assunto estudados no livro com o seu cotidiano que é outra habilidade a ser desenvolvida nas aulas de matemática.
     Quando o capítulo é iniciado contando somente a história do conteúdo, como no capitulo 6 do volume 2, que fala sobre os poliedros e o capítulo 5 do volume 3 que fala sobre circunferência. Os exemplos não tem todo aquele contexto relacionando o assunto com o dia-a-dia, o que dificultará que o aluno relacione aquele determinado conteúdo com a sua realidade.
     Assim como nos exemplos, os exercícios propostos no livro, dependendo do conteúdo a serem estudado, estão, em sua maioria, relacionado à realidade do aluno, mas há muitos que ainda não estão, além dos conteúdos citados acima, por exemplo o estudo da trigonometria, como fala nos PCN que deve:
"evitar-se o investimento excessivo no cálculo algébrico de identidades e equações para enfatizar os aspectos importantes das funções trigonométricas e da análise de seus gráficos. Especialmente para o indivíduo que não prosseguirá seus estudos nas carreiras ditas exatas, o que deve ser assegurado são as aplicações da Trigonometria na resolução de problemas que envolvem medições, em especial o cálculo de distâncias inacessíveis".
   Somente no final do capítulo que aparecem algumas questões de medir distâncias inacessíveis, mas sua maioria está voltada somente para resoluções de questões que não estão voltadas de forma alguma para a vida do aluno. Exercícios em que o aluno só precisa olhar e a questão já está pronta, e o aluno não precisa buscar um método para resolver.
Ex: Calcule em seu caderno: sen 3465° (Vol.2, pág:48, q. 7).
   As questões devem ter um certo nível de dificuldade para induzir o aluno a usar o raciocínio. Como já diz nos PCN o problema dado deve "desenvolver a capacidade de utilizar a Matemática na interpretação e intervenção no real" (pág. 46).

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